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sexta-feira, 26 de março de 2010

Monarquia ou ... República ?


      Antes da implantação da Primeira República Portuguesa o país encontrava-se numa grande instabilidade política. Vigorava o rotativismo partidário que consistia na alternância entre o Partido Regenerador e o Partido Progressista. A Monarquia revelava-se incapaz de resolver os principais problemas económicos, sociais e financeiros que atingiam o país, caindo no descrédito da população.

      Em 1876 é fundado o Partido Republicano Português (PRP) que se tornou numa grande oposição aos partidos monárquicos e que foi ganhando cada vez mais força devido à crescente adesão da população. A 31 de Janeiro de 1891 deu-se a primeira tentativa de derrube da Monarquia que acabou por fracassar. Em 1906 o Rei D.Carlos nomeia para chefe do governo João Franco, instaurando-se a ditadura Franquista. Dois anos depois o rei D.Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe são assassinados. D. Manuel assume o trono sendo obrigado a governar num clima de grande contestação, que culmina na grande revolução, que viria a fica para a História.

      Na manhã de 5 de Outubro de 1910 Eusébio Leão, José Relvas e outros dirigentes Republicanos proclamam da varanda da Câmara Municipal de Lisboa a primeira República Portuguesa. Com esta revolução o Partido Republicano sobe ao poder constituindo um governo Provisório chefiado por Teófilo Braga. Em 1911 é elaborada a Constituição Política Portuguesa, que consagra a divisão tripartida dos poderes. Entre as medidas adoptadas pelo Partido Republicano destacam-se: a promulgação da lei de separação do Estado e da Igreja, deste modo o catolicismo deixa de ser a religião oficial do Estado Português, que se torna laico; é implementado o registo civil obrigatório; institui-se o direito à greve e aboliram-se todos os títulos nobiliárquicos e até ordens honoríficas. A participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial contribuiu para aumentar os desequilíbrios económicos e sociais do país acentuando ainda mais a instabilidade política; a dívida pública disparou. Devido a todos estes problemas instala-se uma grande agitação social. Este conjunto de factores leva a que em 1917 Sidónio Pais destitua o Presidente da República e enverede pela ditadura. Sidónio Pais acaba por ser assassinado em Dezembro de 1918. Com o fim do Sidonismo o país encontrava-se num autêntico caos, o que conduziu a uma Guerra Civil em 1919.

     Perante estas fragilidades e contradições da República, os opositores puderam reorganizar-se e fortalecer-se e a 28 de Maio de 1926 a República caiu num golpe militar dirigido pelo general Gomes da Costa, que iniciou a sua marcha em Braga, e foi saudada vitoriosamente em Lisboa.